15/10/2012 15:25
Conto erótico
ENTRELINHAS
Jorge Washington
Passava de meia noite quarenta minutos. Rodrigo, primo de Adriana em visita a sua casa, já dormia tranquilamente quando.
- Ei, Acorda Rodrigo!
- O que é. Que hora é essa?
- Não sei, mas meus pais já tão dormindo. Vamos lá pra cozinha.
- Será que eles não vão ouvir o barulho e acordar?
- Deixa de ser bobo. Não é a primeira vez que eu faço isso. Eles dormem como uma pedra.
- Já que você diz assim, eu vou.
- Nossa como está escuro!
- É, mas é sem luz mesmo, não podemos dar mancadas. Agora vem pra cá, bem pertinho de mim.
- Assim tá bom,
- Não, vem mais e segura na minha mão.
- Eu estou muito nervoso.
- Nossa Rodrigo, que moleza, não tem problema nenhum.
- É que eu tô morrendo de medo de sua mãe acordar!
- Não se preocupe. Daqui um pouco você acostuma com a ideia e vê se para de tremer.
- Tá bom. E agora o que é que eu faço?
- Como está escuro, se concentra e vê se percebe onde você está pegando.
- Acho que já sei onde minha mão está. Deve ser o lugar certo.
- Então abre bem devagarinho, mas com muito cuidado, ein?
- Pronto. Puxa! como é quentinho. E tem um cheiro diferente, como eu nunca havia sentido antes.
- Como não? Você nunca experimentou antes?
- Não. É a primeira vez.
- É por isso que você tá tão nervoso. Mas e ai, em que você tá pegando?
- É quentinho, macio e tem uma cobertura úmida. Estou louco de vontade de sentir o sabor.
- Agora não apressadinho, vamos devagar, a mãe pode perceber.
- Mas parece que é tão gostoso!
- Você precisa ver quando a gente derrama leite condensado em cima.
- É, pelo jeito você já tá bem acostumada com isso!
- Ah! Rodrigo, não enche. E fale baixo que mamãe pode ouvir. Cuidado.
- Certo, desde hoje a tarde quando eu te vi passando com o creme eu fiquei imaginando...
- Ai, Rodrigo, vai devagar aí, tá me machucando!
- Desculpe-me, foi meu cotovelo. É que tá muito escuro.
- Rodrigo.
- O que é agora.
- Deixa eu te confessar uma coisa.
- O quê?
- É que hoje a tarde, desde cedo, eu planejava fazer isso agora a noite. Minha mãe nem sequer imaginava o que eu estava pensando. Mas eu não pensava em outra coisa.
- Puxa, Adriana, como você é maliciosa, Eu fui deitar e nem sequer imaginava que ia ser assim. Sabe eu já não agüento mais essa ansiedade, deixa eu dar uma mordidinha?
- Tá bom. Tá bom, seu teimosinho, mas só umasinha viu?
- Humm! Que delícia Adriana, eu nunca tinha provado algo tão bom antes.
- É mas eu também quero dar uma mordidinha né?
- Tá bem, mas cuidado. Com essa escuridão você pode morder os dedos.
- Engraçadinho!
- E aí.
- Amei, você tinha razão. É muito gostoso.
- Nossa! Rodrigo, você tá todo lambuzado, que nojeira.
- Desculpe Adriana, é que eu não me controlei.
- Ora! Eu tô brincando seu bobão, eu também tô toda lambuzada. Acho que precisamos mesmo agora é de um bom banho.
- É mesmo. Então é melhor a gente ir logo.
- É mesmo, vamos? Espere, acho que tá vindo alguém.
- E Agora.
- Agora não tem mais jeito Rodrigo, é a minha mãe.
A luz é ligada.
- Adriana? Minha filha, e Rodrigo. Mas crianças, que coisa feia? Porque vocês não me disseram que queriam tanto comer desse bolo de chocolate, não precisavam atacar o forno que ainda está quente. E quanta sujeira, vamos já para o banho. Agora. Pode um coisas dessas?
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